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Estudante de 13 anos passa em vestibular da Ufam e toca mais de 10 instrumentos

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A estudante acreana Ana Joyce do Carmo Gomes, de 13 anos, filha do casal Vânia do Carmo Nery, odontóloga, e do coronel James Gomes, do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, que atua na Defesa Civil Estadual, é o que a ciência define como pessoa superdotada ou portadora de altas habilidades.

Como demonstração do nível intelectual e da habilidade em determinadas áreas, este ano ela ficou em primeiro lugar em um concurso da Prefeitura de Porto Acre errando apenas duas questões e passou no vestibular para Música na Universidade Federal do Amazonas-Ufam.

Atualmente na 8ª série do Colégio Militar Estadual Tiradentes, da Polícia Militar, Ana Joyce é aluna no Núcleo Atividades de Altas Habilidades do Estado – NAAHAs, e participa do projeto de extensão Ensino Coletivo de Cordas, da Universidade Federal do Acre (Ufac), tocando violino.

A menina toca mais 10 instrumentos musicais, entre os quais violão, piano e saxofone. Nesta sexta-feira, 14, ela se formou no módulo básico de Inglês no Centro de Estudo de Línguas – CEL. Faz ainda o nível K de Matemática no Kumon, onde é concludente de Inglês e Português.

Em 2022, Ana Joyce foi selecionada, no projeto de extensão da Ufac, para representar o Acre em um concerto que ocorreu no Teatro Amazonas, em Manaus. Na ocasião, ela tocou saxofone na execução da música “We Are the Champions”, da banda de rock britânica Queen.

A respeito do concurso que fez em Porto Acre e do vestibular que passou na Ufam, a mãe, Vânia, diz que ela fez só para ir treinando redação. “Para cursar tem processo judicial para alunos com altas habilidades, mas não temos interesse porque ela quer fazer medicina”, explicou.

“Eu quero estudar medicina para abrir novos horizontes e perceber como o simples ato de respirar é complexo. Desejo descobrir remédios para doenças que até hoje não foram descobertos e, do fundo do meu coração, me tornar uma médica renomada. Também tenho obstinação de fazer estudos fora do Acre e, quem sabe, até fora do Brasil. Eu sei que não vai ser fácil, mas estou preparada para no futuro salvar vidas”, revelou Ana Joyce ao ac24horas.

Pesquisas em artigos publicados a respeito de superdotados, mostram que apesar de apresentar facilidade no processo de aprendizagem, uma criança com altas habilidades precisa de um acompanhamento específico durante a idade escolar. Especialistas e famílias de crianças superdotadas relatam despreparo e incompreensão do sistema educacional.

“A minha filha não sofreu mais porque sempre ofertei a ela, por fora, quase tudo que ela queria fazer. Mas fico com dó das famílias que não entendem sobre e acabam gerando prejuízo para esse público. Mas seria interessante uma maior divulgação para ampliar as ações voltadas a eles. O NAAHAs Acre é referência nacional se olhar o contexto de outros estados. Mas poderia ser bem trabalhado em todas as escolas”, diz Vânia Nery.

Segundo o Conselho Brasileiro de Superdotação (ConBraSD), em material do Brasil Escola/UOL, aproximadamente 8 milhões de brasileiros possuem altas habilidades, o que representa 5% da população. Porém, há uma deficiência no diagnóstico e na oferta de atendimento educacional especializado para esse público, por isso existe um estereótipo de que não há muitos superdotados no Brasil.

Ainda de acordo com o ConBraSD, a maior parte de indivíduos com altas habilidades no país é de origem humilde e não possui recursos para optar por uma educação diferenciada. Existem ações inclusivas do Ministério da Educação (MEC), mas que dependem da efetivação nos governos estaduais e municipais, que são responsáveis pela educação básica.












Fonte: ac24horas

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