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A Guerreiros Mura, dona de 12 títulos, completou 30 anos de fundação e, neste ano, escolheu levar para o Parque do Ingá o tema “Urihi: Terra-Floresta”. O espetáculo foi apresentado na segunda noite (02) do 25º Festival de Cirandas de Manacapuru, com força e comprometimento artístico para enaltecer a preservação da floresta e da cultura Yanomami.
O tema atual, que dialoga com o folclore amazônico, vem do processo de criação do diretor geral de arena, Fabiano Fayal. Com apenas quatro meses na Guerreiros Mura, encarou o desafio. “Tivemos uma equipe engajada com o espetáculo, comprometida e que deu o sangue para estar hoje aqui, festejando a nossa terra floresta”, revela o artista, também diretor cultural.
A apresentação contou com a participação do cantador de cirandas, Júlio Persil que, no Festival Folclórico do Amazonas é o levantador de toadas do Boi Corre Campo. Destaque para o Cordão de Entrada que encenou a “Batalha dos Guerreiros”, representando a luta dos povos indígenas Yanomamis e o Napë Pë (na etnia, significa “homem branco”).
O espetáculo foi costurado com surpresas que vinham das alegorias grandiosas, algumas com até 15 metros, e com execução de movimentos precisos, além de efeitos, luzes e fogos de artifício. O projeto artístico das alegorias foi assinado pelo parintinense Carlos Lopes, ao lado da esposa, também artista e produtora cultural, Neide Lopes.
“Estamos trazendo os seres encantados da floresta, que são os grandes protetores da nossa terra-floresta e que vieram para a batalha contra essas epidemias. Trouxemos o curupira, a caipora, o mapinguari e outros itens”, disse Neide.
O Cordão de Cirandeiros, composto por 42 pares, demonstrou sincronismo nas coreografias, resultado que parte de um trabalho social de incentivo às artes, promovido pela agremiação, nascida no bairro da Liberdade.
“Nós temos um projeto há 30 anos, envolvendo danças folclóricas de Manacapuru. Nós somos um grupo folclórico e desenvolvemos isso com muita vontade e somos hoje a maior ciranda de Manacapuru”, destaca o presidente da Guerreiros Mura, Renato Teles.
Show à parte da torcida Raça Mura. Gritos de guerra, interação com o espetáculo, e o orgulho da alcunha de “pitiú”. A apresentação se estendeu por 2h16. Para a diretora geral da ciranda, Erondina Dos Anjos, foi o tempo suficiente para a entrega da agremiação.
“Foram seis meses de trabalho intenso, tudo pensado com muito carinho, responsabilidade e respeito a todos. É inexplicável o que estamos sentindo”, fala emocionada Erondina, que há mais de 20 anos assume a função de comandar a arena.
Com informações da Assessoria
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