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Embaixador do Irã na ONU afirmou que o Irã poderá, em questão de meses, voltar a produzir urânio enriquecido após os ataques
O embaixador do Irã nas Nações Unidas, Amir-Saeid Iravani, alegou que o enriquecimento nuclear do país “nunca vai parar”, pois é permitido para fins de “energia pacífica” pelo Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. A declaração foi feita nesse domingo (29/6), dias após o cessar-fogo com Israel.
De acordo com Iravani, o enriquecimento nuclear é um direito do Irã.
Enriquecimento de urânio pelo Irã
- O Irã é um dos 191 países que fazem parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP).
- O acordo visa impedir a disseminação de armas nucleares ao redor do mundo, mas não proíbe, ou impõe limites, ao enriquecimento de urânio para os Estados signatários. Eles, contudo, devem se submeter a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para garantir que seus programas nucleares sejam pacíficos.
- Apesar disso, o Irã passou a enriquecer urânio ao nível de 60%, nível muito acima do utilizado para fins civis, e próximo ao necessário para a construção de uma arma nuclear: 90%. Além disso, o país também dificultou inspeções da AIEA.
- Com isso, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução contra o país em 12 de junho de 2025, alegando que o Irã descumpriu obrigações firmadas no TNP.
- A resolução contra o Irã foi o ponto de partida para os ataques israelenses. O argumento de Israel foi o de que a retaliação da AIEA deixava claro que os iranianos buscavam uma arma nuclear. Teerã, no entanto, afirmou que seu programa nuclear é voltado para fins pacíficos.
“O enriquecimento é nosso direito, um direito inalienável, e queremos implementar esse direito”, contou o embaixador à CBS News.
Ele acrescentou que o país estava disposto a negociar, mas ressaltou que uma rendição incondicional não pode ser considerada uma negociação.
Fonte: Metrópoles
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