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Duas vítimas do fenômeno ‘Terras Caídas’ foram encontradas no Rio, entenda o caso

Foto: Divulgação

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A queda de um barranco que fez a vila do Arumã “sumir do mapa” no município de Beruri, no interior do Amazonas, no último sábado (30), deixou duas pessoas mortas e outras três pessoas desaparecidas. Dois irmãos, de 7 e 16 anos, estão entre as vítimas.

Quem são as vítimas

Alisson Moura Lima, 7 anos;
Kesia Moura Lima, 16 anos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), a primeira vítima a ser encontrada sem vida foi o menino Alisson Moura Lima (7), logo no início das buscas. O corpo foi resgatado no rio.

As buscas pela região seguiram após o desastre natural, conhecido na região como “terras caídas”. De acordo com o governo estadual, o desastre natural atingiu mais de 40 casas e afetou cerca de 300 pessoas.

Na segunda-feira (2), o corpo da segunda vítima também foi encontrado no rio. Kesia Moura Lima (16), era irmã de Alisson, moradores da vila atingida pelo deslizamento do barranco.

Além dos irmãos, outras três pessoas que moravam na vila seguem desaparecidas e as buscas continuam na região. As vítimas podem estar soterradas, segundo o governo.

O lugar ficou destruído após o barranco desabar. A comunidade rural pertence ao município de Beruri, que fica a 173 quilômetros de Manaus, e quase desapareceu por completo depois de ser afetada pelo deslizamento, que foi causado pelo fenômeno “terras caídas”, que acontece principalmente no período de seca dos rios no estado.

Vila Arumã atingida por deslizamento de terra no Amazonas. Foto: Divulgação

O fenômeno ocorre quando a água atua sobre as margens dos rios, causando erosão e abrindo extensas “cavernas subterrâneas”, até que uma ruptura provoque a queda do terreno, que é tragado pelas águas.

Antes e depois

Antes do cenário de devastação, a vila, assim como muitas cidades e comunidades ribeirinhas do interior do estado, tinha um pequeno porto e uma orla cercada com construções coloridas.

Após a vila ser atingida pelo deslizamento do barranco, a região agora se resume em um grande buraco com lama.

O caso

O fato aconteceu no sábado (30). Conforme relatos de moradores, todos viviam a rotina tranquila de um fim de tarde, até que o deslizamento de terra iniciou e muitos sentiram um forte tremor. Quem conseguiu se proteger correu em direção à floresta.

Mapa mostra localização da Vila Arumã, que foi destruída com desbarrancamento no AM. Foto: Arte g1

“As pessoas se abrigaram na mata e, pela parte da manhã de domingo, já foram resgatadas, com ferimentos leves, que estão sendo atendidas”, explicou o subtenente Emerson Silva, responsável pela 2ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Manacapuru, cidade da região metropolitana da capital.

Uma base dos Bombeiros foi montada na Comunidade São Lázaro, que fica ao lado do local atingido, para coordenar os atendimentos e resgate.

Ajuda humanitária

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), enviou 150 cestas básicas, no domingo, em apoio às famílias desabrigadas, que estão alojados em um centro comunitário, montado na comunidade vizinha.

Por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), a Sema fez a entrega das cestas básicas, 100 garrafões de água de 20 litros e 180 frangos, além de 150 kits de higiene pessoal, para apoio às pessoas em situação de risco.

Além da Sema, uma segunda equipe com homens do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Instituto Médico Legal (IML), além de servidores Secretaria Estadual de Assistência Social (Seas), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), Secretaria de Estado de Saúde (SES) e Fundação de Vigilância Saúde (FVS), está à caminho do município para prestar a assistência.

 

 

 

Fonte: G1

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