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Disney+ anuncia o fim do compartilhamento de senhas no Brasil: entenda como vai funcionar

Disney+: compartilhamento de senha já tem data para acabar (Disney+/Divulgação)

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Os dias de dividir a conta do Disney+ com amigos e familiares que moram em outras residências estão contados.

A plataforma de streaming anunciou que a partir de 12 de novembro de 2024, os assinantes no Brasil serão proibidos de compartilhar suas senhas, exceto se estiverem dispostos a pagar um valor extra por cada usuário adicional.

Uma tendência global

A medida não é exclusiva para os brasileiros. O Disney+ já aplicou a política de restrição de compartilhamento de senhas em diversos países da América do Norte, Europa e Ásia desde outubro de 2024. O anúncio foi feito em 25 de setembro, afetando usuários no Canadá, Estados Unidos, Costa Rica, Guatemala, Europa e partes da Ásia. Agora, é a vez da América Latina entrar no radar da plataforma.

Como funcionará o bloqueio no Brasil?

Segundo informações divulgadas, a partir do dia 12 de novembro, terça-feira, os assinantes que tentarem acessar o Disney+ fora de uma mesma residência e rede Wi-Fi receberão uma notificação informando que o compartilhamento de senhas será encerrado em breve. No entanto, a Disney+ ainda não divulgou a data exata em que o bloqueio começará a ser efetivamente implementado.

Se seguir o mesmo modelo adotado nos Estados Unidos, o serviço permitirá que os usuários continuem acessando a plataforma de diferentes redes, mas com a cobrança de uma taxa adicional por isso. Nos EUA, o custo para adicionar um “membro extra” é de US$ 6,99 (cerca de R$ 40 em conversão direta), independente do plano de assinatura. No Brasil, os valores ainda não foram confirmados.

Além disso, para aqueles que utilizam o serviço fora de casa, a Disney+ continuará permitindo o acesso através de um código de verificação temporário. A empresa também afirmou que assinantes que compartilham suas contas com perfis separados poderão migrar esses perfis para uma nova assinatura individual, mantendo suas preferências e histórico de visualização.

Por que a mudança?

A prática de compartilhar senhas entre várias pessoas que não vivem na mesma casa tem causado prejuízos bilionários para as plataformas de streaming. Em entrevista recente, o CEO da Disney, Bob Iger, mencionou que a empresa teve perdas significativas no setor de streaming, com o prejuízo chegando a US$ 4 bilhões em 2024. Para conter essas perdas, a estratégia de restringir o compartilhamento de contas foi adotada, visando aumentar o lucro do Disney+.

Essa mudança já teve um impacto positivo nas finanças da empresa. De acordo com o balanço divulgado em agosto de 2024, a receita do Disney+ teve uma melhora significativa, com um lucro operacional de US$ 47 milhões, em grande parte graças à fusão dos serviços Disney+, Star+ e ESPN.

O que esperar daqui para frente?

Os assinantes brasileiros do Disney+ que estão acostumados a compartilhar suas contas terão que se adaptar às novas regras em breve. O aumento na mensalidade para quem deseja incluir membros fora da residência principal pode fazer com que muitos repensem o uso da plataforma.

No entanto, a Disney+ ainda não revelou se pretende oferecer algum novo plano para quem quer compartilhar a assinatura, como já acontece em outras plataformas de streaming. A expectativa é que as mudanças também tragam melhorias no serviço, tanto em conteúdo quanto em experiência do usuário, para justificar o aumento nos custos.

A medida divide opiniões entre os consumidores, mas segue uma tendência do mercado de streaming. A Netflix, pioneira em implementar essa política, também passou por críticas iniciais, mas conseguiu recuperar parte de sua base de assinantes com novas opções de pacotes e conteúdo exclusivo.

Resumo do que muda no Disney+:

  • A partir de 12 de novembro de 2024, o Disney+ começará a notificar os usuários que compartilham contas fora da mesma residência no Brasil.
  • O serviço permitirá o uso em redes diferentes, mas cobrará uma taxa extra para adicionar membros fora do núcleo familiar.
  • Perfis compartilhados poderão ser transferidos para novas contas, preservando suas configurações e preferências.
  • A Disney+ usará parâmetros como atividades de login, rede de conexão e dispositivos para identificar os usuários que não moram na mesma casa.
  • Nos Estados Unidos, a cobrança para adicionar um membro extra é de US$ 6,99 (aproximadamente R$ 40), mas o valor para o Brasil ainda não foi divulgado.

Com a data do fim do compartilhamento de senhas se aproximando, os usuários devem se preparar para as mudanças e avaliar se vale a pena continuar com o serviço ou buscar alternativas.

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