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Demolição de mansão de R$ 2,5 milhões na Rocinha revela construção irregular ligada ao crime organizado

Foto: Fábio Costa / Secretaria de Ordem Pública

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Uma mansão avaliada em R$ 2,5 milhões que está sendo construída irregularmente na Rocinha, na Zona Sul do Rio. O imóvel começou a ser demolido na manhã desta quarta-feira (13). De acordo com levantamento de setores de inteligência, a residência seria de um dos chefes do crime organizado da região, conforme observa o Ministério Público estadual.

Com três andares e uma cobertura, a mansão ocupa uma área de aproximadamente 600m², sendo 100m² de terraço descoberto com vista privilegiada para a Praia de São Conrado, Lagoa Rodrigo de Freitas e Cristo Redentor. A obra não tem autorização da prefeitura e colocava em risco quem fosse morar no local, além dos imóveis próximos.

A iniciativa da demolição é uma ação conjunta da Força-Tarefa do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado para o Enfrentamento à Ocupação Irregular do Solo Urbano (Gaeco/FT-OIS), do MP, e da Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop).

A suspeita é de que John Wallace da Silva Viana, conhecido como Johny Bravo, apontado como chefe do tráfico de drogas na comunidade, seria o proprietário da construção. Nesta manhã, durante a operação, uma área de convivência, com cobertura e mesa de sinuca, foi encontrada ao lado da mansão, com referências a Rogério 157, de quem Johny é sucessor.

Referência a Rogério 157, de quem Johny Bravo é sucessor, em área de convivência ao lado da mansão que está sendo demolida nesta quarta-feira na Rocinha. Foto: Secretaria de Ordem Pública

Em grafites na parede, a frase “Todos pelo R” estava escrita até em uma bandeira do Brasil, no lugar do “Ordem e progresso”. Em outra arte, um homem com o número 57 estampado na camisa aparece de braços abertos sobre a comunidade.

Há um mês, outra mansão construída na comunidade, avaliada em R$ 1 milhão e que seria usada como casa de festas do tráfico, foi derrubada pela Seop. À época, a suspeita também era de que o imóvel fosse de Johny Bravo.

“Nosso trabalho tem como foco a preservação da vida das pessoas, a integridade física das pessoas e também a asfixia financeira do crime organizado, tendo em vista que muitas dessas construções acabam servindo como mote de lavagem de dinheiro”, disse o secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, em vídeo postado em seu perfil no Instagram.

Uma das lembranças do secretário foi o deslizamento durante chuvas no fim de agosto, como justificativa para se preocupar com a proteção dos moradores do entorno.

Pelas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes também comentou a ação, destacando o enfrentamento à “milícia, traficante e malandros”. Ele prometeu “continuar agindo” no que compete à prefeitura em relação à segurança pública.

 

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