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Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros seguem atuando em diversas zonas da cidade, com apoio da Manaus Energia para restabelecer o fornecimento elétrico em áreas afetadas
Na manhã desta segunda-feira (8), moradores do Beco São Paulo, bairro Crespo, Zona Sul de Manaus, ainda contabilizam os prejuízos causados pela forte chuva que atingiu a capital no domingo (7). O temporal provocou o desabamento de um muro, que atingiu 7 veículos e 5 residências, além de alagar casas e comprometer a rotina da comunidade.
A dona de casa Leoneite Costa Ferreira, 32 anos, relatou momentos de desespero.
“A gente estava jantando quando ouviu a zoada. Ao abrir a porta, a água já estava entrando dentro de casa. Foi muito rápido. O muro caiu sobre o carro e a água invadiu tudo”, disse.
Segundo ela, o proprietário da empresa responsável pela obra no local pediu que os moradores registrassem boletim de ocorrência e se comprometeu a ressarcir os prejuízos.
De acordo com o diretor de operações da Defesa Civil, José Mendes, a chuva de domingo gerou 67 ocorrências em Manaus, incluindoa cinco casas alagadas e 35 árvores tombadas em diferentes bairros, como Alvorada, Parque 10, Colônia Antônio Aleixo e Bairro da Paz.
“Estamos orientando o proprietário da empresa Super Terminais a refazer o muro e instalar tubulação para desviar as águas pluviais. Toda vez que chove, os moradores sofrem. Nosso relatório técnico vai indicar medidas para amenizar a situação”, afirmou.
Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros seguem atuando em diversas zonas da cidade, com apoio da Manaus Energia para restabelecer o fornecimento elétrico em áreas afetadas.
Falhas em obras
Além dos danos materiais causados pelo desabamento de um muro durante a forte chuva de domingo (7), moradores do Beco São Paulo, bairro Crespo, Zona Sul de Manaus, relatam dificuldades e apontam falhas nas obras realizadas na área. A líder comunitária Vanuza Carvalho afirmou que os trabalhos de compactação do solo feitos pela empresa Super Terminais foram feitos sem comunicação prévia à comunidade, o que teria agravado os problemas.
Segundo os moradores, o uso de equipamentos pesados gerou ruídos intensos, prejudicando idosos e pessoas acamadas.
“Temos moradores com quase 90 anos, cadeirantes e crianças. É muito difícil”, destacou a dona de casa Leoneite Costa Ferreira, que também teve o carro da família danificado pelo desabamento.
A situação afetou ainda o funcionamento da creche da comunidade. A proprietária, Rosilene Ferreira Pinheiro, informou que as atividades foram suspensas devido ao feriado, mas devem ser retomadas amanhã. Famílias que dependem do transporte escolar também enfrentam dificuldades, já que veículos utilizados para condução foram atingidos.
“Além do carro, a creche está com rachaduras devido as obras e esse poste corre o risco de cair a qualquer momento. Vivemos em alerta aqui nessa rua”, disse
Moradores denunciam que a empresa responsável pela obra não comunicou o perímetro das residências e classificam a atitude como “ato criminoso”. Além disso, relatam que o impacto não se restringe ao beco, mas alcança outras ruas e até a avenida próxima.
Segundo os moradores, nenhuma providência foi tomada até o momento em relação às rachaduras nas casas. A comunidade, formada por cerca de 400 pessoas distribuídas em três becos, cobra medidas urgentes para evitar novos desastres e garantir segurança às famílias.
Representantes da Empresa Super Terminais não aceitaram falar com a nossa equipe de reportagem mas enviaram nota informando que os moradores foram orientados a registrar Boletim de Ocorrência e o Super Terminais reforça que adotou todas as medidas cabíveis para atender aqueles que foram afetados. A Defesa Civil de Manaus esteve no local e a seguradora da empresa foi acionada para análise dos danos.
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