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Festival de Parintins

Caprichoso fecha última noite do 57º Festival de Parintins com apelo em favor da proteção da floresta

Ritual Indígena, entoado por Awa Guajá – A Oferenda e Sacaca. — Foto: Arleison Cruz / Boi Caprichoso

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Touro Negro apresentou o tema ‘Saberes, o Reflorestar das Consciências’.

O Boi Caprichoso fechou a última noite do 57º Festival de Parintins levando para a arena o apelo contundente em favor da proteção da floresta e dos povos originários, a partir do tema “Saberes, o Reflorestar das Consciências”.

O presidente do Conselho de Artes do Caprichoso, Ericky Nakanome, fez um balanço das duas últimas noites de apresentações do festival e disse acreditar que o que foi levado para a arena superou as expectativas.

“Tivemos duas noites maravilhosas, uma noite mais nervosa por ser a primeira noite, uma noite ontem que superou todas as nossas expectativas e hoje a gente acredita, nós que abrimos o festival, queremos encerrar o festival com a melhor energia possível”, comentou Nakanome.

Boi Caprichoso — Foto: Arthur Castro/ Secom
Boi Caprichoso — Foto: Arthur Castro/ Secom

A primeira alegoria foi ‘Lenda Amazônica’, apresentando ao público a história do povo Macurap, que enfrentou uma grande alagação e teve a missão de proteger o povo da floresta. A obra do artista Alex Salvador foi destaque, com efeitos e detalhes, transformando a arena numa grande floresta.

Dando ênfase aos saberes tradicionais e crenças populares, o item ‘Figura Típica Regional’, concebida pelos artistas Makoy Cardoso e Nei Meireles, levou para o bumbódromo os Sacacas, Curadores da Floresta, que retrataram o poder da cura das ervas medicinais que ultrapassam os limites da ciência.

Ao longo da apresentação, o bumbá azulado deu destaque para as emergências climáticas, com a presença de líderes indígenas como Vanda Witoto. O espetáculo foi encerrado com o Ritual Indígena, entoado por Awa Guajá – A Oferenda e Sacaca.

Pajé do Boi Caprichoso, Erick Beltrão — Foto: Arthur Castro/ Secom
Pajé do Boi Caprichoso, Erick Beltrão — Foto: Arthur Castro/ Secom

Para o tripa do Boi Caprichoso, Alexandre Azevedo, o bumbá azul fez um trabalho comprometido com a realidade e a expectativa para o título de tricampeão aumentou na última noite. “Sempre na humildade, mas esperando.

A gente está fazendo um trabalho que todo mundo está vendo, que é digno de um título do festival. Então vamos esperar, se Deus quiser, vem para o curral Zeca Xibelão esse título” disse Alexandre.

A emoção também tomou conta da empresária Lilian Reis, torcedora do boi azul há 28 anos. Ela vivenciou de perto estar no meio da galera, pontuando como item 19 no Festival de Parintins. Da arquibancada, a torcedora fez a sua avaliação.

“Eu acho que o Caprichoso foi íntegro, do início ao fim, dentro da ética, dentro da temática, do festival, nada fora. Extremamente respeitoso, talentoso, incrível como ele sempre foi”, avaliou Lilian.

A apuração do festival ocorre nesta segunda-feira (1), às 14h, no Bumbódromo. O boi-bumbá vencedor será aquele que acumular o maior número de pontos na soma de todos os blocos durante as três noites de apresentações.

 

 

 

 

 

 

Fonte: G1 AM

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