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O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, aumentou as taxas de juros do país nesta quarta-feira (27) para uma faixa de 2,25% a 2,5% – uma alta de 0,75 ponto percentual. É a quarta vez neste ano em que os juros são elevados.
Com o aumento de 0,75 ponto percentual, o Fed manteve o ritmo de alta dos juros da reunião de junho, que já havia sido o maior aumento desde 1994.
No comunicado depois da reunião desta quarta, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) indicou que deve continuar elevando a taxa nos próximos encontros.
“A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios entre oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia, e pressões mais amplas sobre os preços”, informou o Fomc.
O avanço dos juros nos Estados Unidos ocorre num cenário de inflação bastante elevada. Nos 12 meses até junho, os preços ao consumidor saltaram 9,1% no país. Foi o maior avanço desde novembro de 1981.
A inflação norte-americana segue pressionada uma vez que os preços da gasolina e dos alimentos permaneceram elevados.
Efeitos no Brasil
Altas de juros nos Estados Unidos tendem a se refletir em alta na cotação do dólar no Brasil, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.
Mas essa elevação já estava, no jargão dos investidores, “precificada” – ou seja, já se contava com uma alta nessa proporção. Assim, a divulgação da decisão do Fed não provocou movimentos mais acentuados na cotação do dólar por aqui nesta quarta.
Os efeitos no Brasil, contudo, também podem ser de longo prazo: a alta de juros nos EUA indica uma desaceleração da economia mundial nos próximos meses, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros.
Essa desaceleração tende a ter efeitos por aqui na forma de uma menor demanda pelos produtos e serviços brasileiros – que pode, no entanto, ajudar a reduzir a inflação doméstica, que também anda pressionando as contas locais.
Foto: REUTERS/Joshua Roberts
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