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Aterro sobre Rio Curuçá desaba e trecho da BR-319 segue interditado há mais de 40 horas

Balsa usada para travessia em novembro de 2022. — Foto: William Duarte/Rede Amazônica

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Rompimento ocorreu no sábado (31), no trecho onde é feito o acesso à balsa construído provisoriamente para travessia de veículos.

O aterro provisório utilizado para a travessia de veículos sobre o Rio Curuçá, no trecho onde uma das pontes da BR-319 desabou em 2022, foi destruído pela correnteza no sábado (31), interrompendo completamente o tráfego na altura do quilômetro 23 da rodovia e comprometendo o único caminho para a travessia no trecho.

A interdição, que já dura mais de 40 horas, afeta diretamente a mobilidade entre os municípios de Careiro e Manaus, e não há previsão oficial para a normalização total do tráfego, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Segundo a PRF e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o rompimento foi causado pela força da correnteza, intensificada pelo aumento do nível do Rio Curuçá. A estrutura provisória começou a funcionar 35 dias após o desabamento da ponte.

Entre as pessoas afetadas pela interrupção no tráfego de veículos está o empresário Charles Maurício. Ele, que cuida da parte operacional de um hotel de selva na região, relatou que o rompimento tem atrasado a chegada de clientes tanto no município de Careiro quanto em Manaus.

“Os turistas estão atravessando numa pequena embarcação para chegar até o hotel. A gente está pagando pra fazer essa travessia para que consiga dar andamento no trabalho, mas tudo tá atrasado, levando de 1h a 2h, isso com a gente procurando outras alternativas pra seguir no trajeto”, contou.

Em nota, o Dnit informou que equipes do órgão estão mobilizadas no local desde o domingo (1º), com o objetivo de restabelecer o tráfego o mais breve possível. A previsão inicial era de que o acesso fosse liberado nesta segunda-feira (2), mas até a atualização mais recente desta reportagem a via seguia intransitável.

A PRF orientou que motoristas evitem o trecho e busquem rotas alternativas enquanto as equipes trabalham na recuperação da travessia.

O empresário Charles Maurício adiantou ainda ao g1 que, diante da interdição, uma das rotas alternativas adotadas por motoristas tem sido o Ramal do São José. Segundo ele, a balsa está encostando nesse ponto para realizar o transporte de veículos até o município de Iranduba, na Região Metropolitana. De lá, os condutores seguem viagem até Manaus.

Desabamentos

 

A queda da ponte sobre o Rio Curaçá aconteceu no dia 28 de setembro de 2022 e resultou na morte de cinco pessoa, além de deixar mais de 10 feridos. Carros foram arremessados sobre o rio e uma ponte provisória foi montada no local para não interromper o fluxo da rodovia. Dez dias depois, outra ponte caiu no km 25 da mesma rodovia.

Em maio deste ano, o DNIT informou que a nova ponte sobre o Rio Curuçá deve ser entregue até setembro. A estrutura foi ampliada em relação à anterior, com 150 metros de extensão e 13 metros de largura.

O superintendente regional do DNIT, Orlando Fanaia, destacou os desafios enfrentados para manter a rodovia em funcionamento.

“É um desafio manter a rodovia trafegável. São 400 km de rodovia não pavimentada, em uma região com dificuldade de insumos, sem material de base, a pedra vem de longe. Esses desafios estão sendo enfrentados com muitas ações em andamento”, afirmou.

As obras da nova ponte sobre o Rio Curuçá foram retomadas em dezembro do ano passado. Além dela, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim também está em reconstrução, com entrega prevista para novembro deste ano.

Os investimentos nas duas estruturas somam R$ 50 milhões e um terceiro trecho, sobre o rio Igapó-Açu, está atualmente em fase de licitação.

Fonte: G1

 

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