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Amazonas tem terceira maior taxa de insegurança alimentar do país, aponta IBGE

Amazonas tem terceira maior taxa de insegurança alimentar do país, aponta IBGE — Foto: Roberto Dziura Junior/AEN

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Segundo dados divulgados na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,9% dos domicílios amazonenses enfrentam algum grau de restrição alimentar.

Mesmo com melhora no acesso a alimentos entre 2023 e 2024, o Amazonas ainda está entre os estados com mais famílias em situação de insegurança alimentar no país. Segundo dados divulgados na sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,9% dos domicílios amazonenses enfrentam algum grau de restrição alimentar, o que coloca o estado em terceiro lugar no ranking nacional, atrás apenas do Pará (44,6%) e de Roraima (43,6%).

O levantamento faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua sobre Segurança Alimentar, realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O estudo avalia a capacidade das famílias de acessar alimentos em quantidade e qualidade suficientes.

 

Entre os casos mais graves — quando a fome é uma experiência concreta no domicílio —, o Amazonas aparece com 7,2% das famílias afetadas, também uma das maiores proporções do país. O índice é superado apenas por Amapá (9,3%).

A insegurança alimentar é mais comum nas áreas rurais (31,3%) do que nas urbanas (23,2%). Nos domicílios rurais, o nível grave atinge 4,6% das famílias, contra 3% nas cidades.

Segundo a pesquisadora Maria Lúcia Vieira, do IBGE, a vulnerabilidade nas áreas rurais está ligada à renda menor e à composição das famílias.

“Esses dados vão um pouco contra a nossa intuição de que na área rural as pessoas plantam seus alimentos, portanto a insegurança alimentar ali seria menor. Entretanto, parte dos domicílios rurais tem rendimento per capita menor e maior presença de crianças, de tal forma que, mesmo com cultivo agrícola, esse pode ser restrito e não variado, não garantindo nem quantidade e nem qualidade”, explicou.

Proporção é maior no Norte e Nordeste

As regiões com mais domicílios em insegurança alimentar são o Norte (37,7%) e o Nordeste (34,8%), sendo que o nível mais grave chegou a 6,3% e 4,8%, respectivamente. Nas outras regiões, os índices foram menores: 20,5% no Centro-Oeste, 19,6% no Sudeste e 13,5% no Sul.

 

No Norte, a proporção de domicílios em situação grave foi quase quatro vezes maior que no Sul, que tem a menor taxa (1,7%).

Em números absolutos, o Nordeste tem mais domicílios afetados (7,2 milhões), seguido pelo Sudeste (6,6 milhões), Norte (2,2 milhões), Sul (1,6 milhão) e Centro-Oeste (1,3 milhão).

O que é insegurança alimentar

A pesquisa do IBGE utiliza a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que classifica os domicílios em quatro categorias, de acordo com a falta ou acesso pleno e regular de seus moradores a alimentos de qualidade nutricional. São elas: segurança alimentar, insegurança alimentar leve, insegurança alimentar moderada e insegurança alimentar grave.

A pesquisa classifica a insegurança alimentar em três níveis:

  • Leve: quando há preocupação ou incerteza sobre o acesso a alimentos, com redução da qualidade das refeições;
  • Moderada: quando há redução da quantidade de alimentos entre adultos;
  • Grave: quando a falta de alimentos também atinge crianças e adolescentes, e a fome é vivida no domicílio.

segurança alimentar é classificada como o direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Cenário nacional

Apesar dos índices ainda altos no Norte, o levantamento mostra uma melhora nacional em 2024. Todos os níveis de insegurança alimentar caíram em relação a 2023:

  • Leve: de 18,2% para 16,4%;
  • Moderada: de 5,3% para 4,5%;
  • Grave: de 4,1% para 3,2%.

Segundo o IBGE, essa redução representa 2,5 milhões de famílias que deixaram de passar por restrição severa de alimentos.

 

 

Fonte: G1

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