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Aumento indica crescente participação dos jovens no processo eleitoral no estado, segundo dados do TSE.
O número de eleitores de 16 anos no Amazonas aumentou 270% desde as eleições de 2020, passando de 6.501 para 24.095 jovens aptos a votar pela primeira vez. Agora, esses eleitores representam 0,88% do total do eleitorado do estado, comparado a apenas 0,26% há quatro anos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No Brasil, o voto para menores de 18 anos é facultativo, mas o interesse dos jovens entre 16 e 17 anos em escolher representantes políticos tem crescido.
De acordo com dados do TSE, o total de eleitores nessa faixa etária no Amazonas chega a 62.960, o que representa 2,29% do eleitorado do estado.
Manaus
No primeiro trimestre de 2024, Manaus emitiu 3.031 títulos de eleitor para jovens de 17 anos e 2.214 para adolescentes de 16 anos. Desses, 2.470 foram concedidos a mulheres e 2.775 a homens.
O cientista político Helso Ribeiro atribui esse aumento à intensa campanha promovida pelos órgãos eleitorais para incentivar os jovens a obterem o título, mas observa que nas últimas eleições o número foi significativamente menor devido à pandemia da Covid-19.
“Houve uma propaganda muito grande, um estímulo muito grande do Tribunal Eleitoral no sentido da do exercício da cidadania e de que jovens deveriam se alistar. quando a gente vai analisar esta eleição comparada com a outra, que a outra não deveria servir muito de norte, Porque a gente estava vivendo, estava no meio da pandemia e havia um desestímulo a qualquer tipo de aglomeração”, disse o especialista.
Helcio acrescenta que a polarização política que ocorreu no país nos últimos anos não é um fator determinante para o aumento no número de eleitores menores de idade.
“Não, eu não vejo um avanço dessa natureza. Eu vejo propagandas que surtem efeitos. Eu diria que o jovem de hoje ele se interessa, ele está mais informado, mas não quer dizer que essas informações entram no interesse dele”, explicou.
Wendell Mourão, de 16 anos, é estudante do ensino médio em uma escola da Zona Leste de Manaus. Ele contou ao g1 que sua aspiração política começou entre os 12 e 14 anos, influenciada pelo período de popularização que o país estava vivendo.
“Esse ano vou ter oportunidade de exercer de fato minha cidadania, vou ter oportunidade de colocar o que eu penso e o que eu acredito em forma de número, em forma de pessoa, personificar em um candidato e nesse próximo período, com esses novos representantes, nós consigamos construir uma sociedade em uma cidade mais bonita, uma cidade mais desenvolvida”, ressaltou o jovem.
O estudante também mencionou que, ao pensar em votar, se recorda das vezes em que acompanhou seus pais nas cabines de votação durante eleições anteriores.
“E quando eu penso que no dia 6 de outubro eu vou chegar lá na cabine, apertar alguns números, confirmar e ouvir o barulhinho da urna, era algo assim, a cada dois anos eu esperava ansiosamente, para mim isso era algo divertidíssimo e hoje eu entendo que além de algo que é muito bacana, a participação é muito bacana, todo o processo é muito interessante”, completou Wendell
Para a estudante de 16 anos, Emelly Silva, o ato de votar representa a liberdade do cidadão de participar ativamente na escolha de seus representantes. Ela também destacou a importância das políticas públicas que busca neste período, voltadas para a criação de oportunidades para os jovens no futuro.
“Minha opinião sobre o que eu busco em um candidato é certa: propostas que visam a saúde e educação. É certo que esses dois temas são os que mais saem da boca de político, mas como cidadã e principalmente estudante, quero me formar em uma escola de boa estrutura e ótima qualidade de ensino, o que desejo igualmente para outros jovens que estão terminando ou começaram agora sua vida estudantil”, disse Emelly.
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