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Amazonas possui 560 pessoas em tratamento contra leucemia

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Uma estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o Brasil possui atualmente pelo menos 11.540 casos de leucemia, sendo 6.250 em homens e 5.290 mulheres. Deste total, 560 são pessoas residentes no Amazonas, sendo 465 adultos e 95 crianças, isso de acordo com a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam).

Além desses números casos de leucemia, outro dado preocupante é apresentado pelo Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), que aponta que as regiões Norte e Nordeste do Brasil possuem a menor concentração de hemocentros, laboratórios e doadores de medula óssea do país.

É diante deste cenário que a campanha Fevereiro Laranja busca conscientizar a população acerca da leucemia, bem como alertar sobre a importância da doação de medula e da conscientização sobre os sinais e sintomas da doença, que possui diversos tipos e estratégias de tratamento.

Hematologista Thiago Xavier alerta para os cuidados a serem tomados contra a leucemia (Foto: Divulgação)

Hematologista Thiago Xavier alerta para os cuidados a serem tomados contra a leucemia (Foto: Divulgação)

“O Fevereiro Laranja vem chamar atenção para os sinais e sintomas da doença. Sinais e sintomas que a gente (classe médica) considera inespecífico. Podem surgir em situações comuns como: cansaço, fraqueza, indisposição, alguns nódulos palpáveis no corpo (ínguas na região do pescoço, axila e canal inguinal) e sangramento na gengiva”, afirma o hematologista Thiago Xavier, em entrevista A CRÍTICA.

De acordo com o médico, existem atualmente 12 tipos de leucemia, sendo as quatro principais: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia linfoide aguda (LLA), leucemia mieloide crônica (LMA) e leucemia linfoide crônica (LLC). A grande maioria dos pacientes com leucemia apresenta sintomas decorrentes da diminuição da produção de células sanguíneas saudáveis que são principalmente: fraqueza, cansaço, sonolência, sangramentos, manchas roxas pelo corpo e infecções.

“Com o surgimento de qualquer um desses sintomas o paciente deve ir ao médico, realizar o hemograma, exame muito comum e de rotina. Esse exame vai mostrar quaisquer alterações que podem ser sugestivas ou chamar atenção para a leucemia. Após isso, um médico Hematologista deve ser consultado”, aconselha o médico.

O tratamento da leucemia é feito com quimioterápicos e muitas vezes para assegurar que a doença não volte é indicada a realização de transplante de medula óssea (TMO). A escolha entre os tratamentos vai depender de uma série de fatores como a estratificação de risco inicial da doença, características do paciente como idade e doenças associadas, a resposta que o paciente apresentou na indução da primeira fase do tratamento e a disponibilidade de doadores de medula óssea.

“O transplante ainda é uma arma fundamental para a cura. Mas já foi comprovado também que para alguns tipos de leucemia, apenas com a medicação pode obter a cura”, afirma.

Para o hematologista, os tratamentos para os pacientes leucêmicos avançaram bastante, melhorando não apenas os números de curados, como também a qualidade de vida em si quem está passando pelo processo de tratamento.

“Essa é uma das áreas da medicina que mais evoluiu nos últimos anos. Antigamente a leucemia era uma doença que levava morte. Hoje é muito tratável, e depende do tipo de leucemia. Surgiram vários medicamentos novos e inteligentes que não são quimioterápicos. Esses são bem toleráveis, eficazes e que trazem poucos efeitos colaterais. Hoje os tratamentos como a quimioterapia e o transplante (de medula óssea) foram melhorados. O foco é proporcionar mais qualidade de vida ao paciente”, continua o hematologista.

*Acritica.com

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