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Com o empate em 2 a 2 com o rebaixado Paysandu, nesta sexta, em Belém, Amazonas não tem mais chances de se salvar na última rodada contra o Coritiba em casa.
O Amazonas está matematicamente rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro de 2026. A queda foi confirmada nesta sexta-feira (14), após o empate em 2 a 2 com o Paysandu, na Curuzu, pela 37ª rodada da Série B.
O rebaixamento reflete uma temporada marcada por desempenho irregular, quatro trocas no comando técnico, elenco reformulado e presença constante no Z-4.
A campanha evidencia as dificuldades da equipe. Em 37 jogos, o Amazonas venceu apenas oito, empatou 12 e perdeu 17. Com isso, caiu somando 36 pontos — podendo chegar a 39 — na 18ª colocação. O desempenho é bem inferior ao da temporada passada, quando encerrou a Série B com 52 pontos, em 11º lugar.
O time também desperdiçou muitos pontos em casa: foram sete vitórias, sete empates e quatro derrotas na Arena da Amazônia. Como visitante, o cenário foi ainda pior: apenas uma vitória, cinco empates e 13 derrotas, sendo o segundo pior visitante da competição.
Queda anunciada
Os sinais de dificuldade apareceram cedo. O Amazonas não venceu nenhuma das oito primeiras rodadas e só saiu do Z-4 uma única vez em toda a competição — ainda na segunda rodada. A sequência negativa colocou o time sob pressão constante ao longo da temporada.
O desempenho em campo também expôs a fragilidade da equipe, que acumulou resultados ruins. A defesa foi a segunda mais vazada da Série B, atrás apenas do Volta Redonda, e o time falhou justamente nos confrontos diretos contra adversários da zona de rebaixamento. O declínio, que começou a se desenhar ainda no primeiro turno, se confirmou na reta final sem grandes possibilidades de reação.
A falta de regularidade, essencial em um campeonato de pontos corridos, impediu qualquer tentativa real de arrancada nas rodadas finais. Alguns números deixam isso claro:
- Não venceu duas partidas seguidas em toda a competição
- Teve apenas uma vitória fora de casa (contra o Avaí)
- Foi o segundo pior visitante da Série B
- Sofreu 53 gols, tendo a defesa mais vazadas do campeonato
Sequência de técnicos e falta de continuidade
A instabilidade começou no banco. O Amazonas iniciou 2025 com Aderbal Lana, responsável pelo Amazonense, Copa Verde e Copa do Brasil. No segundo turno do estadual, a diretoria apostou em Eduardo Barros, ex-auxiliar de Fernando Diniz, em sua primeira experiência como técnico profissional.
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Durante a Série B, o comando passou ainda por Guilherme Alves, Márcio Zanardi e, novamente, Lana, convocado para tentar evitar o rebaixamento. O auxiliar Ibson também dirigiu a equipe em duas partidas. A constante troca de treinadores impediu a criação de um padrão de jogo.
Elenco reconstruído no meio do ano
Outro fator determinante foi a estratégia de reformulação quase total do elenco. O time que disputou o estadual era praticamente diferente do que atuou na Série B.
Na tentativa de reforçar o grupo, o clube recorreu a jogadores estrangeiros, chegando a ser a equipe com mais atletas de fora do país entre todas as divisões do Brasileirão. As contratações, porém, não apresentaram conexão clara entre si e não renderam o esperado.
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Entre as contratações badadas de fora do país, estava o atacante francês Yaya Sanogo, de 32 anos, ex-Arsenal e Crystal Palace-ING. Mas o atacante treinou no time e não disputou sequer uma partida.
Reconstrução para 2026
Com a queda confirmada, o Amazonas volta à Série C, dois anos após o acesso. O desafio agora envolve reorganizar e estabelecer um planejamento sólido e corrigir os erros que marcaram a temporada.
Fonte: G1
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