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Policiais civis da 1ª DP (Centro) prenderam um suspeito de integrar uma quadrilha de roubos nesta terça-feira (14). Anderson Mendes da Silva é apontado pela investigação como sendo especializado em roubos de cordões de ouro no Centro do Rio.
Os investigadores apuraram que um grupo de quatro homens planejavam esses roubos na capital, sendo um deles um adolescente que acabou morto em uma troca de tiros com um policial civil.
Os outros dois integrantes não foram identificados ainda.
O preso já tinha sido condenado por roubo, mas deixou de usar tornozeleira eletrônica, segundo a polícia.
Flagrante de roubo
Um dos flagrantes de roubos no Centro mostra um homem de camisa azul e calça preta. Ele pede uma água no balcão de um bar e paga. Depois, observa o movimento e sai. Meia hora depois ele retorna armado com um comparsa, que usa um chapéu branco.
Conforme aponta a investigação, o adolescente morto era o homem que vestia camisa azul, e o Anderson, que foi preso, estava de boné branco.
Eles, então, abordam um grupo de amigos na frente do local. Os dois revistam um homem de paletó, que demora a entender o que está acontecendo. Eles tentam puxar o cordão que ele usa, mas o colar não sai.
Então, o homem de camisa azul usa as duas mãos e faz mais força para arrancar o cordão. O comparsa arranca o relógio da vítima.
Uma moto para em frente ao bar. A vítima tira o colar pela cabeça. E os bandidos fogem.
A vítima, que não quis ser identificada, contou que sempre toma cuidado pela região. E que aquele foi um dos únicos dias em que saiu com o cordão. Ele contou que as joias, juntas, valiam R$ 50 mil.
“Eu não tenho dúvida nenhuma de que o indivíduo já estava me observando. Mas, por ter acontecido às 19h30, em um horário de fluxo, de pico, a gente não espera que um cidadão desse faça isso. Estava muito cheio, foi muito esquisito e desagradável”, contou a vítima.
O empresário disse que, ao desabafar com algumas pessoas sobre o episódio de violência, descobriu que dias antes o mesmo homem levou objetos de ouro e atirou contra uma pessoa em uma garagem na Rua Buenos Aires.
Imagens do crime mostram que um homem, que veste uma blusa preta, chega para buscar o carro. O assaltante caminha atrás dele e o aborda. Ele aponta a arma e começa a procurar por joias e relógio.
A vítima reage, o assaltante atira e os dois saem da garagem. O bandido sai correndo, sobe na moto do comparsa e foge.
“É a mesma pessoa, o mesmo indivíduo. Eu vi as câmeras, tudo. É complicado. É pedir a Deus, pois temos que trabalhar, não tem jeito. E que façam a segurança. Melhorem um pouco pois cada dia mais está piorando”, disse a outra vítima.
Ouro
Quem circula pelas ruas do Centro do Rio afirma que os assaltantes procuram, principalmente, por ouro.
“Se botar bijuteria, eles sabem. Se botar ouro, eles sabem. Não me pergunte como, mas sabem. Eu já andei com bijuteria, eles sabem. Eles conhecem”, disse a esteticista Anita Freysleben.
Quem trabalha na área conta que o problema vem se agravando.
“O Centro é um polo de referência comercial e ele está decadente, infelizmente. E coitados dos comerciantes. O que fazer? Eles pagam impostos que são altos. Não se abaixou os impostos, os impostos continuam altos”, destacou a psicóloga e psicanalista Cristina Frazão.
A Polícia Militar afirmou que não foi chamada para as ocorrências mostradas na reportagem e que equipes fazem abordagens na área da Rua Buenos Aires. E que a segurança foi reforçada na região. De acordo com o comando do 5º BPM (Centro), o número de crimes tem diminuído depois que estratégias de policiamento foram tomadas.
Fonte: G1
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