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O que pode ter acontecido para interrupção do longo período de crescimento industrial do Amazonas?
A notícia que o IBGE publicou na sexta-feira (12 de setembro) sobre a produção industrial no país, em julho, não foi boa para o Amazonas. Ela interrompe uma séria de notícias positivas do polo industrial da ZFM (Zona Franca de Manaus) que vinha desde 2023.
Trata-se da estatística sobre a indústria por região produtiva. Nacionalmente, a variação foi de -0,2%.
A maior queda, segundo o IBGE, foi no Paraná (-2,7%), enquanto o Espírito Santo foi o que mais cresceu (3,1%).
O Amazonas, que costuma ser o ponto fora de curva em alta de produção, desta vez registrou crescimento zero.
A comparação é com o mês de junho deste ano.
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) confirmou a informação. Fez apenas um ajuste, mostrando mínimo de crescimento, de 0,1%. No acumulado de 12 meses, conforme a autarquia, houve um aumento de 1,7%.
Isso, acrescentam, pode desestimular a compra de bens e serviços, bem como os investimentos em produção e infraestrutura.
O problema, acrescentam, é que o crédito mais caro reduz o poder aquisitivo da população.
Fatores que Influenciam a produção industrial, segundo técnicos da Suframa:
– Crédito mais caro: empréstimos e financiamentos mais caros reduzem a capacidade de compra das pessoas.
– Menor procura por bens: a dificuldade e o custo elevado de comprar a prazo podem levar a uma queda na demanda por bens duráveis.
– Impacto nos investimentos: a alta nos custos de financiamento pode desestimular investimentos em produção e infraestrutura.
No contexto específico do Amazonas, os técnicos dizem que é importante considerar que a produção industrial está saindo de um período de férias coletivas, o que pode influenciar os números atuais.
Apesar disso, o aumento de 1,7% na comparação acumulada em 12 meses sugere uma tendência positiva na produção industrial do estado.
Foto: Arquivo/Agência Brasil
Fonte: BNC Amazonas
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