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A categoria prevê que o serviço permaneça normal, nesta sexta, até o fim da audiência que representantes participam no Tribunal Regional do Trabalho. Caso os pagamentos não sejam realizados, os trabalhadores prometem nova paralisação.
Ônibus do transporte coletivo de Manaus iniciaram as atividades e circulam normalmente nesta sexta-feira (12), um dia após paralisação total iniciada pelo atraso no pagamento do salário de agosto.
A categoria prevê que o serviço permaneça normal, nesta sexta, até o fim da audiência que representantes participam no Tribunal Regional do Trabalho, no Centro de Manaus, para discutir uma possível nova paralisação do transporte coletivo. Caso os pagamentos não sejam realizados, os rodoviários prometem suspender as atividades novamente.
No Terminal 4, localizado na Zona Leste da capital, usuários do transporte coletivo demonstravam temor com uma nova paralisação, mesmo com a movimentação dos ônibus no local.
Enquanto aguardava o transporte para ir ao trabalho, a profissional de serviços gerais Maria da Silva disse que foi muito afetada pela paralisação e relatou ter sentido medo da greve se estender nesta sexta-feira.
“Foi um caos pra mim. Quando eu sai do trabalho que eu recebi a notícia que não tinha ônibus em canto algum. Isso é um absurdo, é inaceitável. Hoje cedo fiquei com medo, muito medo, mas graças a Deus ta tudo bem. Espero que não tenha nenhuma surpresa no fim da tarde”.
Greve e reivindicações
O Sindicato dos Rodoviários determinou, na tarde desta quinta-feira, o recolhimento de todos os ônibus para as garagens, em meio à greve.
Vídeos obtidos pela Rede Amazônica mostram veículos da empresa Eucatur retornando às garagens na Zona Norte, enquanto passageiros precisaram descer no meio do trajeto. Superlotação foi registrada no Terminal 1 (T1), no Centro da cidade.
No início da tarde, motoristas também estacionaram ônibus em frente à sede do Governo do Amazonas, na Avenida Brasil, bairro Compensa, em protesto pelo atraso no pagamento dos salários.
A categoria reivindica o depósito referente a agosto, que deveria ter sido feito no quinto dia útil, segunda-feira (8), mas até o momento não foi efetuado.
Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) informou que aguarda a liberação dos valores do passe livre estudantil pelo governo do Estado para repassar o dinheiro às empresas e quitar os salários atrasados.
O que diz o Governo do Amazonas sobre a greve:
O Governo do Amazonas esclarece que o Estado não possui qualquer responsabilidade pelo atraso no pagamento de salários dos trabalhadores do transporte coletivo de Manaus, não sendo verdadeira a informação de que os direitos trabalhistas desses profissionais estão em atraso por falta de repasse dos respectivos valores.
A relação do Estado com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram) é limitada à aquisição de passes estudantis, não cabendo ao Estado responder por obrigações trabalhistas, que são de responsabilidade exclusiva das concessionárias do transporte coletivo e, em última análise, do próprio poder concedente, o Município de Manaus.
Em agosto deste ano, o Estado do Amazonas depositou o valor destinado à compra das meias-passagens estudantis, contudo, o Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública, em 3 de setembro, rejeitou o depósito judicial e determinou a devolução à Fazenda Estadual, após indicação de conta bancária, tendo sido o recurso devolvido apenas nesta quinta-feira (11).
A transferência dos valores para a conta indicada já está em fase de tramitação, e a demora na resolução da questão só pode ser atribuída à desorganização do próprio Sinetram e da Prefeitura de Manaus, que informaram contas bancárias distintas para a realização do pagamento, além da ausência de certidões negativas do Sindicato, atrapalhando o regular processo de liquidação de despesa.
O Governo do Amazonas precisou ingressar na Justiça para assegurar o pagamento do Passe Livre dos alunos da rede estadual de Manaus, após o Sinetram se recusar a receber os valores, alegando que o isso só poderia ser feito caso a Prefeitura de Manaus autorizasse.
Por fim, o Governo do Amazonas reforça o seu respeito com os trabalhadores do transporte rodoviário de Manaus e com o direito ao Passe Livre dos estudantes da rede estadual de ensino e lamenta que inverdades estejam sendo usadas para camuflar problemas administrativos e orçamentários que nada têm a ver com o Poder Executivo Estadual.
O que diz a Prefeitura de Manaus sobre a greve:
A Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), esclarece que a paralisação dos rodoviários, nesta quinta-feira, 11/9, não foi provocada por débitos da gestão municipal. Todos os pagamentos de responsabilidade da prefeitura estão quitados até setembro.
O repasse de subsídios, tanto estadual quanto municipal, é essencial para manter o equilíbrio financeiro do sistema e permitir que as empresas honrem seus compromissos, inclusive trabalhistas.
Para assegurar a continuidade do serviço e evitar prejuízos à população, o IMMU oficiou a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), solicitando que os valores referentes ao transporte dos estudantes da rede estadual, atualmente em processo judicial, sejam repassados diretamente ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).
Cabe ao Sinetram, representante das empresas operadoras, efetuar o repasse às companhias responsáveis, garantindo o pagamento aos trabalhadores e a regularidade do serviço.
A Prefeitura de Manaus reafirma que cumpre rigorosamente suas obrigações, atua com transparência e seguirá defendendo tanto os trabalhadores do transporte quanto a população que depende diariamente do sistema coletivo.
Fonte: G1
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