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Nível do rio Negro mantém tendência de alta, mas cenário ainda requer atenção

Rio Negro mantém tendência de subida e atinge 22,73m em Manaus, mas especialistas alertam para a necessidade de monitoramento contínuo (Foto: Jeiza Russo/A CRÍTICA)

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Os dados do Porto de Manaus indicam que, apesar das oscilações pontuais do início do mês, a recuperação tem ganhado ritmo nos últimos dias

Após registrar uma elevação diária irregular no final de janeiro e início de fevereiro, o nível do rio Negro voltou a apresentar tendência de subida nos últimos dez dias. De acordo com a medição desta segunda-feira (17), o rio alcançou a cota de 22,73 metros no porto de Manaus, um aumento de 52 centímetros desde o dia 1º de fevereiro.

Os dados do Porto de Manaus indicam que, apesar das oscilações pontuais, a recuperação tem ganhado ritmo. No início do mês, o rio permaneceu estável por quatro dias seguidos e até registrou uma leve descida no dia 7. No entanto, a partir do dia 10, a elevação diária se intensificou, atingindo 9 centímetros nos últimos três dias.

Para o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), Artur Matos, a evolução do nível do rio ainda depende das condições climáticas nos próximos meses. “Nos últimos quatro anos, tivemos duas cheias severas e duas secas severas. Esse padrão reforça a necessidade de acompanhar com atenção o comportamento hidrológico da Amazônia”, afirmou Matos em entrevista concedida ao A CRÍTICA no dia 2 de fevereiro.

O pesquisador Leonardo Vergasta, do Laboratório de Modelagem do Sistema Climático Terrestre da Universidade do Estado do Amazonas (LabClim/UEA), também ressaltou que o fenômeno La Niña, confirmado em janeiro, pode favorecer um regime de chuvas acima da média nos próximos meses, o que pode impactar a cheia deste ano.

“As projeções indicam que as precipitações devem ficar acima da normalidade na faixa centro-norte da bacia Amazônica, incluindo as regiões do alto, médio e baixo Solimões, rio Negro, Içá e Japurá”, afirmou Vergasta na mesma data.

Embora a recuperação do rio seja evidente, especialistas alertam que as variações no ritmo de subida e as incertezas climáticas ainda exigem monitoramento constante. A regularidade das chuvas e a influência de outros fatores meteorológicos serão determinantes para o comportamento da cheia nos próximos meses.


Fonte: A Crítica

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