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A festa acontece desde 1965 e está reconhecida pelo Iphan como patrimônio cultural do Brasil
Os aluguéis de casas mobiliadas e vagas de hotéis ainda não pagos, antecipadamente, estão reservados por turistas que já decidam assistir ao festival 2025 dos bois-bumbás de Parintins, no Amazonas, marcado para o último final de semana de junho.
O festival é protagonizado pelos bois Caprichoso (azul e branco) e Garantido (vermelho e branco), que disputam o título de campeão do ano, no bumbódromo, a arena do centro de convenções da cidade.
A festa acontece desde 1965 e está reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural do Brasil.
Três empresários do setor confirmaram ao BNC Amazonas que a compra antecipada de hospedagem se tornou mais frequente desde 2018, com o recrudescimento do evento, antes prejudicado pela falta de apoio logístico e financeiro do então governo José Melo (2014-2017).
Nos últimos três anos, as hospedagens de melhor padrão de conforto se esgotaram logo após o encerramento do festival.
“As vagas ainda não pagas. Estão reservadas”, disse o empresário Valdo Garcia, que aluga casas para a temporada e tem como clientes patrocinadores do festival e turistas internacionais.
“Hoje [9 de novembro] mesmo, um grupo de milionários do Marrocos consultou a nossa empresa porque está interessado em vir para o festival”.
A empresa de Garcia, a Amazon Best, também vai recepcionar turistas franceses, norte-americanos e japoneses.
“O festival de Parintins está internacionalizado, e alcançou um nível de desejo muito maior que o carnaval do Rio”.
Conforme Garcia, entretanto, o bumbódromo está pequeno há algum tempo para receber os turistas interessados em assistir aos espetáculos dos bumbás parintinenses.
Disputa por ingressos
Ele lembra que, no ano passado, ao menos 27 mil pessoas não conseguiram comprar ingressos pela internet. Na bilheteria do bumbódromo foram vendidas 4.500 entradas.
“Para o turista, é mais confortável e seguro comprar o ingresso na internet”.
Há, para o empresário, uma série de fatores que contribuíram para a retomada do festival, que já havia passado por momentos de picos entre a década de 80 e meados da década de 90, entre os quais:
• Reaproximação da classe média-alta de Manaus;
• Retorno do governo com apoio cultural aos bumbás e logístico à cidade;
• Preparação do setor receptivo pelas empresas e pela prefeitura locais;
• Divulgação espontânea do evento em níveis nacional e internacional.
Hotéis
Altemar Vilas Boas, proprietário do hotel Vilas Boas (rua Gomes de Castro, 675, ao lado do curral do boi-bumbá Caprichoso), disse que as 15 unidades do imóvel estão com reservas esgotadas desde setembro.
Cinco unidades foram reservadas e pagas pelos mesmos clientes que assistiram ao festival deste ano.
“Não poderia estar melhor”, comemorou.
Quem se hospeda no hotel de Vilas Boas, na temporada do festival, tem como cortesia um tour entre Parintins e a ilha do Peixe Marinho, no rio Uaicurapá, onde o empresário mantém estrutura receptiva para turistas da temporada folclórica.
O hotel Icamiabas também está com as suas 15 unidades reservadas para a semana do festival.
A empresária Socorro Garcia disse que abriu as reservas de vagas no começo do ano e as vendeu todas em sete dias.
“Os turistas começam a chegar, geralmente, na semana do festival, para participar de todos os eventos puxados pelas três noites de espetáculos dos bois-bumbás Capricho e Garantido, como é o caso da festa dos visitantes”.
Socorro avalia que a cidade avançou no turismo principalmente a partir do apoio da prefeitura e do Governo do Estado às demais festas da cidade, entre as quais, o círio de Nossa Senhora do Carmo, em julho, festas de ano novo e fim de ano, e festival das pastorinhas, em janeiro.
“Os hotéis costumam ficar lotados durante esses eventos”.
De olho no lance!
Lu Castro disse que começou assistir presencialmente o festival de Garantido e Caprichoso em 2013. Ela e mais nove amigos se juntaram, desde essa época, para pagar o aluguel de uma casa.
O preço sobe todos os anos e nos últimos aumentou ainda mais. Por exemplo, em 2013 custou R$ 10 mil; no ano passado, R$ 13 mil; e para o festival do próximo ano o grupo pagou R$ 18 mil.
O grupo adianta 50% do valor do aluguel e a outra metade paga antes de ocupar o imóvel.
Lu e seus amigos alugam há vários anos o mesmo imóvel, que possui três quartos, dois banheiros, cozinha e sala de estar.
“É um ambiente até confortável para as condições oferecidas pelo que está disponível na cidade para turistas regionais”.
Fonte: BNC Amazonas
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