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3 de agosto de 2021: câmeras de vigilância do Aeroporto Estadual de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, registram a chegada de um jatinho, que segue para o hangar. No dia seguinte, uma kombi, escoltada por outro veículo, vai até o local.
Segundo a polícia, é na kombi que está a cocaína, embalada em sacos brancos. Ela acessa a área do hangar e, alguns minutos depois, sai completamente vazia.
Na madrugada do dia 4 de agosto, o avião segue para Bruxelas, na Bélgica, com escala em Fortaleza.
Quando aterrissa no Ceará, a Polícia Federal encontra 24 malas carregadas de cocaína. A droga está dentro de sacos brancos, os mesmos vistos no hangar, em Ribeirão Preto. O piloto turco e o passageiro espanhol são detidos.
Em março de 2022, um avião com meia tonelada de cocaína foi interceptado por caças da Força Aérea Brasileira quando passava por Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. O piloto foi preso.
Para a Polícia Federal, Sérgio Roberto de Carvalho era o responsável por esquemas como esses para trazer a droga de países da América Latina até o Brasil. Uma das principais rotas está em Mato Grosso. O estado tem muitas fazendas e pistas clandestinas que recebem os voos vindos do exterior com a droga.
Com a investigação, o nome do ex-major da Polícia Militar foi colocado na lista dos bandidos mais procurados pela Interpol e ele passou a ser chamado de “Pablo Escobar brasileiro”.
Segundo a Polícia Federal, só em 2022 a quadrilha conseguiu enviar 16 toneladas de cocaína para a Europa.
No fim de junho, Sérgio Carvalho foi preso em um restaurante, na Hungria. Ele estava com um passaporte mexicano falso e chegou a mentir para os policiais durante o primeiro depoimento.
Com a prisão do chefe da quadrilha, a investigação obteve mais detalhes de como a cocaína saía do Brasil para a Europa.
Nas duas últimas semanas, a Polícia Federal desencadeou uma série de operações de prisão, busca e apreensão para desmantelar a quadrilha. Nesta semana, a operação identificou os portos brasileiros usados pela organização criminosa para exportar a droga para o exterior.
Os presos nesta operação podem responder por tráfico internacional de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. Desde o início das investigações, a Polícia Federal conseguiu impedir o envio de cerca de oito toneladas de cocaína. O “Pablo Escobar brasileiro” segue preso na Hungria, onde aguarda julgamento.
Foto: Reprodução
Fonte: g1 / Fantástico
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