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Instituto publicava vídeos de pessoas em vulnerabilidade para receber valores e nos últimos quatro anos, a ONG recebeu R$ 20 milhões em doações, que foram usados para enriquecer os responsáveis.
A ex-usuária de drogas notada por Madonna, Maria Solange, foi uma das vítimas da Organização Não Governamental (ONG) “Pai Resgatando Vidas”, suspeita de lavar dinheiro de doações em Manaus, segundo a Polícia Civil. O instituto publicava vídeos de pessoas em vulnerabilidade para receber valores que eram desviados para os responsáveis.
De acordo com a polícia, a ONG “Pai Resgatando Vidas” foi aberta com o objetivo de ajudar pessoas em situação de rua. O instituto recebeu R$ 20 milhões em doações nos últimos quatro anos, que foram usados para enriquecer os responsáveis pela ONG.
Nas investigações, foi identificado que a ONG era conhecida na capital amazonense por divulgar vídeos de moradores de rua e usuários de drogas recebendo atendimento e cuidados. Era por meio da divulgação desse suposto trabalho que a instituição fazia os pedidos de doações. Entre as doações recebidas haviam de pessoas fora do país.
Uma das vítimas do grupo é Maria Solange Amorim, que ficou conhecida como Marina Silva de Manaus. A ONG filmou ela dançando uma música da cantora Madonna que viralizou nas redes sociais, em 2020, após a Diva do Pop publicar o registro em seu perfil.
Ela acabou transferida para receber tratamento em São Paulo, porque a ONG não estaria fazendo nada em relação a mulher. Um ano depois, ela reapareceu irreconhecível após o tratamento de implantes dentários e contra dependência química.
Em 2024, com emprego novo, cursando o fim do ensino médio, visual repaginado e livre do vício, ela assistiu de perto o show de Madonna em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Responsáveis por ONG presos
A Polícia Civil do Amazonas prendeu os fundadores da ONG “Pai Resgatando Vidas” na manhã desta terça-feira (7). Entre as pessoas presas estão Cid Marcos Bastos Reis Maia, conhecido como “Pai Marcos”, que é o responsável pela instituição, além do filho dele, identificado como Wilson.
O g1 não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
Além das prisões, a polícia também fez a apreensão de quatro carros da família, lanchas e moto aquática.
A PC disse que a quadrilha sacava grandes quantias em dinheiro e comprava bens para uso próprio, principalmente carros de luxo.
Os responsáveis pela organização devem responder pelos crimes de organização criminosa, maus-tratos, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Fonte: G1 AM
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