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Agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu prenderam, na manhã desta segunda-feira (26), duas irmãs, no Bairro Rosa dos Ventos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Elas tiveram prisões temporárias decretadas pela Justiça por suspeita de tentativa de feminicídio contra a própria mãe. Jessica de Azevedo Celestino, de 21 anos, e Vitória de Azevedo Celestino, de 20, são investigadas de por enforcar e sufocar a vítima.
A tipificação do delito como tentativa de feminicídio, segundo a polícia, leva em conta a relação de afeto entre agressoras e agredida ( como acontece numa relação de um casal, por exemplo) e a vulnerabilidade da vítima.
A vítima foi à Deam no último sábado para denunciar o crime. Ao verem o estado da mulher, os agentes chamaram uma ambulância, já que ela estava com dificuldade para andar por conta das agressões sofridas. Somente horas mais tarde, depois de receber atendimento médico, ela conseguiu prestar depoimento. A vítima contou que as duas filhas haviam ido até a sua casa e a arrastaram até um quarto. De acordo com o relato, Jessica começou a dar socos e a esganar mãe. Ela também tentou empurrar um pano na boca da vítima, e tapava seu nariz com o tecido, deixando-a sem respirar.
A mulher contou que ficou se debatendo, tentando se desvencilhar, mas sem não conseguir porque a filha apertava seu tórax com o joelho. A mãe disse ainda que Vitória ria enquanto observava a cena. Jessica passou então a gritar xingamentos, o que acabou atraindo a atenção do marido da vítima. Com a chegada dele, as agressões cessaram.
Após registrar a ocorrência, a mulher, com medo, não voltou para casa e foi para a residência de sua mãe.
A delegada Monica Areal, titular da Deam-NI pediu à Justiça a prisão temporária das irmãs. Ao chegarem para prendê-las, no bairro Rosa dos Ventos, os agentes as encontraram dormindo. Depois do cumprimento das formalidades na delegacia Jessica e Vitória serão encaminhadas para o sistema penitenciário.
As duas suspeitas passarão por uma audiência de custódia. Na ocasião, um juiz vai decidir se as irmãs responderão pelo crime em liberdade ou se continuarão presas. Segundo a delegada Monica Areal, a dupla responde por tentativa de feminicídio porque há relação de afeto entre agressoras e vítima.
“Em casos assim, a relação de afeto não é só de casal. As suspeitas vão responder por tentativa de feminicídio porque há relação de convivência, relação de afeto e vulnerabilidade”, explicou a delegada.
Segundo a polícia, o crime teria ocorrido após uma discussão envolvendo um chip de telefonia celular. Ainda de acordo com a delegada, em 2022, a vítima chegou a registrar uma queixa de agressão contra as duas filhas. A investigação não chegou a ser enviada à Justiça porque, na época, a mulher deixou de ir fazer o exame de corpo delito e desistiu de prosseguir com o caso.
Fonte: Extra
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