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Delegada Monah Zein é presa após confronto com a polícia em Belo Horizonte

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

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A delegada Monah Zein foi presa nesta semana em Belo Horizonte (MG), após ficar mais de 30 horas confinada em seu apartamento. Segundo a Polícia Civil, ela atirou quatro vezes contra agentes da corporação durante a negociação para que ela deixasse o imóvel.

Depois de se entregar, ela foi sedada e está internada na capital mineira. Nesta sexta-feira (24), teve liberdade provisória concedida após audiência de custódia.

Reclusão no apartamento

Na terça-feira (21), a delegada se trancou no apartamento quando policiais foram até o local após ela ter enviado mensagens em grupos de colegas de trabalho com teor considerado como de risco para a própria saúde. Monah se recusou a se entregar, tendo ficado lá por mais de 30 horas.

Durante o período em que ficou reclusa, Monah fez transmissões em uma rede social. Os vídeos foram armazenados em seu perfil no Instagram com o título “most wanted” (“mais procurada”, na tradução).

A delegada alegou que os policiais não tinham mandado para entrar em seu apartamento –o que a corporação nega.

“Eu preciso descansar, almoçar, tomar banho e, acreditem, eu não vou me matar. E eles sabem. É apenas jogada para contar as mentiras que quiserem”, escreveu ela no Instagram, em uma mensagem com muitos erros de digitação.

Enquanto os policiais faziam campana do lado de fora do imóvel, ela postou um vídeo em que estava na cama com um cachorro. “Eu estou aqui no meu quarto tentando ter um pouco de paz porque está insustentável”. “Em nenhum momento eu falei que iria me matar ou nada. É simplesmente um cenário ridículo, caótico e doentio causado por uma polícia que quer insistir que eu sou uma pessoa louca. Loucos são eles. Me desculpe, mas eu não confio em nenhum deles. E, de boa, eu não vou me matar por causa da polícia.”

Foto: Reprodução/ Redes Sociais

“Perto do que eles fazem comigo eu sou a pessoa mais equilibrada da polícia”, acrescentou. Ela diz que era vítima de perseguições e retaliações no âmbito da Polícia Civil.

A policial se entregou por volta das 17h da quarta-feira (22). Ela foi atendida por uma equipe médica e recebeu sedativos. Segundo a defesa, a delegada está internada e seu estado de saúde é estável.

O que diz a polícia

Em pronunciamento após o fim das negociações, o delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou que a ocorrência foi exitosa e que desde o começo o objetivo era preservar a vida da delegada e dos policiais que atendiam a ocorrência.

“Não há uma situação de violência, há uma preservação por parte dos agentes de segurança que seguem protocolos de ação. Pelos próprios vídeos que os senhores assistiram, a colega estava com duas armas de fogo, bastante exaltada, e a gente não pode chegar numa situação dessa sem também pensar na segurança própria dos policiais”, afirmou sobre a acusação, por parte da defesa, de que houve excesso policial na ação.

Segundo o delegado, a Polícia Civil vai “lidar de forma transparente, seguindo a legalidade, respeitando o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa” com as acusações de assédio.

O delegado afirmou ainda que a servidora responde a alguns procedimentos na Corregedoria da corporação, e que houve, sim, mandado de busca e apreensão expedido contra ela.

 

 

Fonte: CNN

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