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Corpos de vítimas do acidente aéreo em Rio Branco foram liberados e transladados para Eirunepé

Corpos de cinco vítimas de queda de avião no AC são transladados para Eirunepé (AM). Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica Acre

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Após um atraso de 4 horas, os corpos de cinco vítimas do acidente aéreo que matou 12 pessoas em Rio Branco no último domingo (29) foram liberados pelo Instituto de Medicina Legal (IML) e, nesta quarta-feira (1), transladados para Eirunepé, no Amazonas. Foram dois aviões, sendo que um transportava os corpos e outro com os familiares.

O primeiro voo levou os corpos e também alguns familiares. Logo em seguida, um avião de pequeno porte também decolou com mais parentes. Os aviões saíram às 14h [horário local] e devem chegaram às 15h30 no Amazonas.

Corpos das vítimas de acidente aéreo no Acre são transladados para Eirunepé (AM). Foto: Ana Paula Xavier/Rede Amazônica

Os voos deveriam ter saído às 10h, mas houve atrasou porque a aeronave que faria o transporte dos corpos das vítimas teve problemas técnicos ao pousar no Aeroporto Internacional de Rio Branco e teve que passar pela troca de pneu e vistoria. Conforme a empresa, o pneu do avião furou no momento do pouso no aeroporto por volta das 9h33 e ficou parado no meio da pista por 1h30.

Entre as vítimas transladadas estão:

Corpos de cinco vítimas de queda de avião no AC são transladados para Eirunepé (AM). Foto: Arquivo pessoal
  • Raimundo Nonato Rodrigues de Melo, de 32 anos. Oriundo de Eirunepé, ele era dentista e estava na capital acreana para fazer um curso.
  • Francisco Aleksander Barbosa Bezerra, de 29 anos. Também de Eirunepé, ele trabalhava como vigilante de carro forte e deixa uma filha de 7 anos.
  • Clara Maria Vieira Monteiro (filha) e Ana Paula Vieira Alves, de Eirunepé. A mãe tinha 19 anos e a criança, 1 ano e 7 meses.
  • Jamilo Motta Maciel, de 27 anos, de Eirunepé. Ele era cirurgião dentista e deixa uma filha.

Velório coletivo

A prefeitura de Eirunepé preparou um velório coletivo no Ginásio Gilberto Mestrinho para quatro vítimas que chegam na cidade nesta quarta (1). Jamilo Motta vai ser velado individualmente por decisão da família. O enterro está previsto para quinta-feira (2).

Segundo a secretária de Saúde de Eirunepé, Thayana Miranda, que acompanha as famílias das vítimas em Rio Branco, a cidade vivencia um momento de dor e tristeza.

“A cidade de Eirunepé está vivenciando novamente um momento de dor e tristeza, passando pelo segundo momento de uma tragédia. O ano de 1982 também vitimou pessoas muito queridas da cidade. Isso mexe com a cidade por ser uma cidade pequena, aonde todo mundo se conhece e acaba que todo mundo é família, muitas das vezes tem vínculos. Os familiares e os amigos dos lutados estão em choque. É uma realidade que a gente ainda não consegue acreditar. E eu costumo dizer que o céu de Eirunepé chora desde o domingo, quando ocorreu a tragédia, o céu está cinzento, nublado, de dor, muita dor. É uma espera muito grande por esses corpos, pra gente prestar uma última homenagem a essas pessoas que partiram tão rapidamente”, disse a secretária.

Acidente aéreo

O voo que caiu no Acre era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília), logo após a decolagem. O percurso ainda incluía uma parada em Eirunepé (AM).

Na aeronave estavam seis homens, três mulheres e uma criança de 1 ano e 7 meses, além do piloto e do copiloto.

Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico. O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.

Na segunda-feira (30), os familiares de quatro das 12 vítimas que morreram na queda da aeronave chegaram na capital acreana. Eles foram recebidos por uma equipe da Secretaria de Saúde do estado (Sesacre). Bastante emocionados, eles não falaram com a imprensa.

Ao todo, seis vítimas foram identificadas pela arcada dentária. José Marcos Epifanio, de 46 anos, que é natural de Envira, também está entre os identificados, mas ainda não teve o corpo liberado.

Seis das vítimas eram de Eirunepé (AM). Havia, ainda, moradores de Envira (AM). Veja a lista das vítimas aqui.

A aeronave era pilotada por Cláudio Atílio Mortari, que, de acordo com suas redes sociais, era natural de São Paulo, mas morava em Itaituba. O copiloto Kleiton Lima Almeida, de 39 anos, que também morreu na queda de avião, nasceu e também morava em Itaituba, no sudoeste do Pará. Ele tinha se tornado pai há um mês.

Em nota, a empresa aérea informou que está prestando toda a assistência aos familiares e representantes das vítimas, conforme previsto em nos manuais e no Plano de Resposta à Emergência da empresa, que são aprovados pela Agência Nacional de Aviação Civil.

“Estamos providenciando amparo material (translados, deslocamentos, estadias, alimentação e comunicação) e sociopsicológico aos parentes e representantes das vítimas, por meio de uma equipe de profissionais gabaritados a tanto, com todas as ações coordenadas por um Centro de Gerenciamento de Crise (CGC)”, diz a nota.

 

 

 

 

Fonte: G1

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