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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (23) operação contra supostas fraudes em convênios de prefeituras de Roraima com o governo federal. Um dos investigados é o ex-senador Romero Jucá (MDB), apurou o a GloboNews. O g1 tentou contato por volta das 7h (horário local) com a assessoria dele, mas não recebeu retorno até a publicação.
A PF cumpre 22 mandados de busca e apreensão na Operação Imhotep. Agentes federais estiveram no prédio onde funcionam uma produtora e o escritório de Jucá no bairro Canarinho, zona Norte de Boa Vista, e também na casa dele, no bairro Paraviana, área nobre da cidade.
Viatura da PF em frente a casa do ex-senador Romero Jucá — Foto: Marcelo Marques/Rede Amazônica
Além de Jucá, pessoa ligadas a ele são alvos da operação. Não foram informados os nomes dos demais investigados.
A PF levantou na investigação que três empresas de engenharia são suspeitas de pagar propinas em contratos que seriam distribuídas ao ex-senador Jucá e a servidores públicos que auxiliariam na prática dos crimes.
As empresas investigadas, segundo a PF, seriam responsáveis pela execução de mais de R$ 500 milhões em contratos entre 2012 e 2017 com prefeituras no estado em convênios com o governo federal.
As investigações da PF e da Controladoria Geral da União (CGU) identificaram que ao menos R$ 15 milhões foram pagos a título de propina. O valor que teria sido destinado ao ex-senador não foi informado.
Há indícios que o ex-senador interferiria em assuntos relacionados a convênios nos quais houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, havendo evidências, inclusive, do ‘travamento’ de pagamentos de verbas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o repasse de propinas.
Os recursos chegariam ao ex-parlamentar por meio de familiares e de empresas de que são sócios, que receberiam os valores inicialmente.
Os principais crimes investigado são fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A soma das penas para estes crimes podem ultrapassar 35 anos de reclusão.
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Roraima, e são cumpridos nos estados do Roraima, São Paulo e Distrito Federal.
Operação Imhotep – O nome da operação faz alusão a Imhotep, que é reconhecido como um grande “engenheiro” do Egito antigo, a quem é atribuído a construção de várias obras faraônicas, como a Pirâmide de Djoser.
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