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O preço médio do litro da gasolina vendido nos postos do país subiu pela segunda semana consecutiva, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (21).
O preço médio do litro avançou para R$ 4,88 na semana de 16 a 22 de outubro, uma alta de 0,41% frente à semana anterior (R$ 4,86). De acordo com o novo levantamento da ANP, o valor máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 6,99.
O litro do etanol hidratado também subiu: passou de R$ 3,46 para R$ 3,54, um avanço de 2,31% na semana. Essa é a terceira alta seguida no preço do combustível, após cinco meses de queda. O valor mais alto encontrado pela agência nesta semana foi de R$ 6,90.
A alta atingiu também o diesel, único que seguia recuando. O preço médio do litro avançou de R$ 6,51 para R$ 6,59, um aumento de 1,22%. É a primeira alta do combustível desde o fim de junho, quando iniciou o ciclo de quedas. O valor mais alto encontrado nesta semana foi de R$ 8,52.
Os dados da ANP dão sinais de estabilização nos preços dos combustíveis, após semanas consecutivas de forte queda (confira no gráfico abaixo).
Em junho, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
Defasagem
A Petrobras tem como política de preços a Paridade de Preço Internacional (PPI). O modelo determina que a estatal cobre, ao vender combustíveis para as distribuidoras brasileiras, preços compatíveis com os que são praticados no exterior.
Segundo os últimos cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média no preço do diesel está em 6%, e no da gasolina, 8%. Isso significa que os preços da Petrobras ainda estão mais baratos em relação aos praticados no exterior.
Queda de preços
Os preços dos combustíveis vinham sentindo o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), adotada pelos estados após sanção do projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral, que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, a Petrobras tem promovido sucessivos cortes nos preços de venda da gasolina e do diesel para as refinarias. A queda nos postos de combustíveis é influenciada também pelos preços do petróleo, que têm caído no mercado internacional.
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