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Uma semana após o desabamento da ponte sobre o Rio Curuçá, no Amazonas, o estado começa a passar por desabastecimento. A estrutura era o único acesso terrestre e as entregas de alimentos, gasolina e insumos estão com longa espera desde o acidente. O governo havia informado que uma ponte de metal seria instalada de forma emergencial, mas isso ainda não foi feito.
O acidente aconteceu no dia 28 de setembro, e deixou quatro mortos, 14 feridos e, pelo menos, um desaparecido.
Após o desabamento, moradores e caminhoneiros enfrentam dificuldades para chegar aos municípios afetados e há relatos de escassez de trigo, gás de cozinha e gasolina.
Além de ligar Manaus ao Estado Rondônia, o trecho da BR-319 é caminho de cidades como Careiro Castanho, Manaquiri, Lábrea e Autazes, todas no Amazonas.
Em Manaquiri, caminhoneiros relatam dificuldades para levar trigo para abastecer as padarias do município. “Está sendo muito difícil. Desde ontem [quarta-feira, 5] que ninguém dorme. Estamos em um estado de calamidade para transportar a mercadoria”, disse o caminhoneiro Pedro Campos, em entrevista à Rede Amazônica.
Vazante agrava problema
A vazante (seca) dos rios do Amazonas agrava o problema, pois prejudica a navegação em alguns trechos e apresenta riscos de colisões que podem provocar naufrágios.
A Boca Paraná do Careiro, uma das alternativas que dá acesso à cidade de Careiro Castanho por meio fluvial, por exemplo, secou. Agora, o tráfego das embarcações que abasteciam o município está suspenso. Um dos reflexos é que os depósitos de gás já estão quase vazios.
Na quinta-feira (6), a Prefeitura de Manaquiri informou que um barco tombou depois de bater em um banco de areia, na região do Paraná do Manaquiri. A embarcação estaria com excesso de peso por estar carregando suprimentos para abastecer a cidade de Careiro Castanho. Os bancos de areia se formam ao longos dos rios em períodos de vazante, deixando extensões de terra à mostra, o que restringe a navegação.
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Equipes de resgate atuam no local de desabamento de ponte na BR-319 — Foto: William Duarte / Rede Amazônica
Novo trajeto
A ponte que desabou fica no km 25 da BR-319, no Careiro, a 102 km de Manaus. A rodovia começa na capital, no final do bairro Distrito Industrial, Zona Sul.
Ainda na capital, os passageiros já pegam embarcações e os motoristas, balsas. É que eles precisam atravessar o rio para acessar a faixa de terra na outra margem. A estrutura que caiu ficava do outro lado, a 15 km da margem do Rio Amazonas. Da ponte, motoristas e pedestres seguiam pela BR-319 ou para outras cidades vizinhas a Manaus. Esse modelo de travessia dura cerca de 45 minutos.
Agora, os passageiros que seguem viagem pela BR-319, precisam atravessar o rio em pequenas embarcações e depois embarcam em um veículo para chegar ao ponto onde encontram uma balsa para seguir.
Antes para chegar no município de Autazes, por exemplo, a viagem durava cerca de 3 horas. Na realidade atual, chega a mais de 10 horas, por causa do novo trajeto.
Desde a quinta-feira (29), a Defesa Civil do Amazonas enviou cinco lanchas para auxiliar o transporte de passageiros entre as duas margens na área onde a ponte desabou. O transporte funciona das 5h às 19h, de forma gratuita.
O Governo do Amazonas diz que, para evitar o desabastecimento de mantimentos em municípios como Careiro Castanho, Careiro da Várzea, Autazes e Manaquiri, o Gabinete de Crise estuda uma rota alternativa, que sairá da comunidade Novo Remanso, em Itacoatiara, e de lá, seguirá por Autazes com as cargas para os demais municípios. A rota ainda será analisada pelos prefeitos das cidades.
Ponte e Decks de madeira serão construídos
Segundo o Governo do Estado, o Dnit, assumiu o compromisso de construir uma ponte metálica e decks de madeira para dar mais segurança aos passageiros que necessitam fazer traslado na área interditada pelo acidente.
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